À Conversa com ….José Cid [Arquivo]
Uns dias acordo austronauta e noutros acordo camionista
Depois de vários concertos completamente esgotados no Campo Pequeno, esta emblemática sala de espectáculos de Lisboa volta a ser palco, dia 12 de Dezembro, às 21h30, de um novo espectáculo de José Cid. Desta vez, e acompanhado pela sua Big Band, José Cid apresenta o mais recente álbum, “Menino Prodígio” mas não vai esquecer, naturalmente, alguns dos seus maiores sucessos – e hinos absolutos da música portuguesa – compostos ao longo de mais de cinquenta anos de carreira . Motivo mais do que suficiente para uma pequena conversa com a Scratch Mag.
Por Irene Mónica Leite, 2015
Quando era criança sonhou com outras profissões, ou a música foi sempre imperativa?
A musica foi sempre imperativa
O José Cid atravessou os tempos da ditadura. Não era fácil ser músico nessa altura. Obrigava a uma maior “criatividade” , portanto.…
A censura era inspiradora. Nós usávamos metáforas poetizas para contornar a censura. Foi um tempo difícil. Como exemplo temos o meu poema ” Olá vampiro bom”!
Noto uma diversidade nas suas canções que oscilam entre o erudito e o popular. Um carácter camaleónico do José Cid. Podemos defini-lo assim?
Sim? Uns dias acordo austronauta e noutros acordo camionista.
Como surgiu a ideia para a sua biografia , “José Cid- O Lado B de um provocador”?
Foi uma proposta do meu editor da Leia e do jornalista Miguel Gonçalves.
5) Como define o álbum “Menino Prodígio”?
É um álbum de rock, puro e duro! Muito bem tocado e com poemas muito densos e de objecção de consciência.
O concerto no campo pequeno promete. Há “Menino Prodigio” e não só, certamente.…
Claro! Vou estrear alguns temas do meu próximo álbum “Clube dos corações solitários do Capitão Cid”. Como exemplo vão ouvir “Saudades do botiquim” e “João Gilberto e Astor Piazola”
Babies, Quarteto 1111, Green Windows , com direito a uma carreira a solo solidificada até aos dias de hoje. Uma carreira longa e profícua, mas ainda longe de terminar, correto? O que podemos esperar a seguir?
Um álbum de originais todos os anos, enquanto eu tiver inspiração. Vou continuar musicalmente camaleónico e de inspiração camaleónica.
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