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Sebastião Antunes & Quadrilha

Sebastião Antunes & Quadrilha

Não fazemos resistência ao que nos encanta. Desde que sejam boas influências, aceitamos

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“Perguntei ao Tempo” assinala o 25º aniversário de carreira de Sebastião Antunes & Quadrilha. Este álbum reinterpreta alguns dos temas mais emblemáticos do grupo, assim como apresenta alguns originais. Falamos com Sebastião Antunes. Veja o resultado e desfrute deste grande trabalho. 

Manter o retrato fiel dos primeiros tempos, acrescentando-lhe a modernidade para a qual o tempo nos vai levando é o objectivo deste trabalho.

O disco conta com a participação de vários convidados que foram verdadeiramente importantes nesta história: Tim, João Pedro Pais, Viviane, Ana Laíns, Carlos Moisés, Rubi Machado, Rão Kyao e Mário Delgado.

Assim se seguem velhos caminhos com diferentes experiências.

“Caixinha de música” foi o primeiro trabalho editado por Sebastião Antunes retrata uma maneira inocente de abordar o problemática do nuclear. A sua regravação advém do feliz encontro entre o Sebastião e João Pedro Pais num estúdio da rádio em que ambos começam por trocar velhas lembranças.

E de repente porque não gravarmos este tema?

O João Pedro Pais aceitou, o Sebastião Antunes e a Quadrilha agradecem muito e aconteceu.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=NE596YV2oZU]

Foi lançado o álbum “Perguntei ao tempo” que assinala o 25º aniversário da sua carreira. Como caracteriza este disco?

O disco faz um pouco a junção entre uma retrospectiva do nosso trabalho nos últimos 25 anos, juntando um pouco daquilo que soamos atualmente, com alguns inéditos.
Os temas não perderam a sua génese, mas também ganharam o nosso toque atual, o que era fundamental para nós. O registo contém a nossa evolução no tempo.

Como decorreu o processo de gravação?

Algumas músicas pregam-nos partidas, pois acabam por não ficar do jeito que idealizamos inicialmente, porque simplesmente não ficam bem dessa forma.
Teve que se optar por um trabalho de filtragem.

Têm convidados neste registo. Foi difícil fazer essa triagem?

Há duas razões para estes convidados: são pessoas minhas amigas, com quem já tinha trabalhado, outras sempre foram para mim grandes referências da minha adolescência, e que sempre admirei.

E fazia todo o sentido essa colaboração…

Sem dúvida. Estes convidados representam muito para mim.

Vocês apresentam uma sonoridade muito rica. Houve uma continua adaptação a novas correntes musicais ao longo dos tempos?

Facilmente me deixo apaixonar por outras músicas, além da música tradicional portuguesa estar muito presente, a música da Irlanda, da Bretanha, da Escócia. Vou juntando todas essas influências. Depois, há uma face mais urbana, com alguma eletrónica. Não fazemos resistência ao que nos encanta. Desde que sejam boas influências, aceitamos.

Neste cocktail musical há um certo inconformismo no vosso processo criativo?

A ideia é que a música que fazemos seja representativa da nossa atualidade. E as músicas são representativas de uma determinada fase que estou a viver, que outros músicos vivem. Há decididamente novas vivências. Inevitavelmente estamos a pensar de outra maneira.

A música portuguesa é sempre a raiz. O que mudou a seu ver na música portuguesa nos últimos 25 anos?

Mudou muita coisa. A tradição, por si só, é um formato cultural que está sempre a mudar. Os hábitos não são os mesmos…

São 25 anos de carreira. Que balanço estabelece?

É muito bom. Uma história que conta com muitos concertos, bons discos … Mas para já o que interessa é que o público desfrute deste disco. Venham ter à nossa página , o nosso vídeo já circula. Depois as coisas vão acontecendo naturalmente.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=J6oLLMH1FlA]

Um novo cd já começa a ser pensado…

Sim (risos). Estava a acabar este trabalho e já pensava em músicas novas. Mas para já é desfrutar desta retrospectiva. Há ideias para o que se seguirá…mas simplesmente isso, ideias. Ainda não queremos desvendar muito.

 

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