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A importância da leitura na infância em tempos de pandemia

A importância da leitura na infância em tempos de pandemia

Sabia que a leitura ajudou cerca de 80% das crianças na superação da pandemia? Um estudo citado pela Renascença sobre hábitos de leitura revela que 59% dos pais passou a ler mais aos filhos durante a quarentena. Já os pais cujos filhos são autónomos na leitura, 61% diz que estes leram mais em confinamento.


Um inquérito sobre os hábitos de leitura das crianças mostra que entre os pais cujos filhos ainda não sabem ler, mais de metade, ou seja, 59% reconhece que passou a ler mais para os filhos na quarentena. Também 80% confirma que a leitura ajudou as crianças a esquecerem a pandemia.

Um estudo a que a Renascença teve acesso, realizado pelo Grupo editorial LeYa, no âmbito do primeiro aniversário do Clube de LeYtura mostra que entre as crianças que já sabem ler, 61% dos pais confirma que os filhos “leram mais frequentemente a partir do momento em que se viram em situação de confinamento”. O inquérito conclui ainda que a maioria dos pais, ou seja 80,6% “considera que a leitura ajudou, mesmo, a esquecer a pandemia”.

Sobre as virtudes da leitura, “entre pais cujos filhos não são leitores autónomos, 46% aponta o desenvolvimento da linguagem e da imaginação como as principais razões pelas quais leem para os filhos” e 97% acha que no futuro os filhos vão ganhar “hábitos de leitura consistentes”.

No entanto, 84,5% “gostaria que os filhos lessem mais” e 80% reconhece que a leitura é uma atividade que une a família.
Com este inquérito a LeYa assinala o primeiro aniversário do Clube de LeYtura, lançado no ano passado durante a Feira do Livro de Lisboa e que pretende dar às crianças de várias faixas etárias, a cada mês dois livros escolhidos por autores, editores, ilustradores, professores e outros especialistas. Este clube de subscrição assinala esse aniversário no Dia Mundial da Criança com a apresentação do resultado deste estudo.

Embora o estudo mostre que “ver televisão e jogar jogos eletrónicos são as atividades de maior preferência das crianças” e que “a leitura é a atividade que as crianças menos preferem”, no que toca aos livros que escolhem para ler, mais de 27% diz que são livros de fantasia, seguidos pelos livros com atividades.

Refira-se que embora quase todos os pais (99,1%) acham que a leitura melhora o desempenho escolar dos filhos, a maioria “revela não saber como fazer para que os filhos leiam mais.”

O inquérito aponta ainda que 40% dos inquiridos não compra livros regularmente.

Há ainda 31% que compra livros de três em três meses. Cerca de 19% compram livros duas vezes por ano, 12% compram uma vez por ano e 9% raramente compra.

O mesmo inquérito revela ainda que 71% refere que costuma comprar livros infantis, mas a questão do preço “é sempre um fator de peso nos hábitos e comportamentos de compra” diz o estudo que aponta que “84% dos inquiridos refere que se os livros fossem mais baratos, comprariam mais”.

​Dos 2483 inquéritos recebidos, 92,6% referem-se a crianças com mais de 6 anos e 7,4% a crianças dos 0 aos 6 anos. Existe equilíbrio entre os géneros das crianças (53,8% são do sexo feminino e 46,2% do sexo masculino), sendo que o estudo se divide entre os pais cujos filhos são autónomos na leitura (84%) e aqueles cujos filhos não são autónomos na leitura (16%).

Estão representados todos os distritos e regiões autónomas de Portugal, sendo que a maioria das famílias inquiridas se encontram nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal.

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