O Caderno de Encargos Sentimentais, da radialista Inês Meneses

Depois de várias edições de autor deste compêndio de pensamentos e reflexões no quotidiano, recolhidos no Facebook, “Caderno de Encargos Sentimentais” chega ao grande público nesta edição da Contraponto. Valter Hugo Mãe assina o prefácio. Tem 64 páginas e já se encontra à venda em plataformas digitais como a Wook.

Texto Irene Mónica Leite

As redes sociais são de facto imprescindíveis atualmente para os mais diversos objetivos: muro das lamentações (a disputar gloriosamente com a caixa multibanco de todos os portugueses), análise noticiosa (quantos opinion makers nasceram mesmo?), partilha de momentos especiais, e claro, pensamentos.

No caso da radialista Inês Meneses, também muito popular nas redes sociais , temos todo um conjunto de reflexões que unem os seus seguidores. Partem da realidade e de um conceito universal, o amor.

Sim, é de sentimentos que o livro vive, de observações, de identificações, aparentemente soltas , fruto dos convívios do quotidiano. “Devia haver walkie- talkies de longa distância para sabermos se alguns adultos que amamos dormem bem”, diz Inês Menezes a certo ponto do seu “Caderno de Encargos Sentimentais”.

A partilha um tanto ou quanto intima, neste livro, revela a força das redes sociais atualmente, uma espécie de big brother virtual, onde todos podem ser expulsos da “casa” com um simples bloqueio da amizade, ou ignorar alguém por falta de likes, mas com muita cusquice à mistura. A metáfora da vida, no seu melhor…

De facto a partilha que este muro virtual impulsiona, tem atingido grandes proporções. E o presente “Caderno de Encargos Sentimentais” é fruto dessa colaboração. Porque o pensamento que se torna colectivo acaba por ter mais força.