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Balanços

Balanços

Ao sentar-me para escrever este pequeno texto – sim tem que ser curto porque o calor aperta -, concluo que é a primeira vez que efectivamente reflecte um pouco (ainda o calor) sobre o que tem sido esta viagem. Dou comigo a surpreender-me com todos os anos que são já memória vivida, contada e sentida, primeiro do Som à Letra – o culpado disto tudo – e mais recentemente da Scratch Magazine. E o tempo corre: e nada devagar.

Texto António Jorge

Passaram quase 10 anos desde o dia em que vi on-line um mail da Irene propondo o desafio – ora aqui está uma jovem cheia de coragem e com muito para dar à música, pensei – bora lá. E assim, quase como um piscar de olhos estamos em Setembro de 2019 – e por incrível que até possa parecer- as expectativas (depois de breve paragem) voltam a ser enormes e o compromisso de quem está envolvido é só por si uma garante de qualidade. Juntos voltamos a querer fazer mais e melhor.

Olhando para trás, foram muitos os escritos sobre música e à volta dela. Por isso e, sem qualquer intenção de fazer um top de preferências, destaco pela positiva, a atribuição de um prestigiado e prestigiante Grammy de carreira a Carlos do Carmo, tal como o Fado de todos nós passar a ser aos olhos do mundo, Património Imaterial da Humanidade e ainda, surpresa das surpresas, Dylan, Bob Dylan foi eleito Nobel da Literatura. Pela negativa, não foi agradável escrever sobre as surpreendentes partidas de Amy Winehouse (talvez a menos surpreendente) e dos incomparáveis Bowie e Prince – Leonard Cohen acompanhou-os um pouco mais tarde, mas também em2016 – ano em que Éder, o mais inusitado dos heróis da selecção portuguesa de futebol carregou num só pontapé, a esperança de pelo menos 15 milhões de portugueses.

E o que é que isto tem que ver com o texto? Tudo, simplesmente porque a emocionante narração do golo do Éder no Parque dos Príncipes, naquela tarde de 10 de Julho, continua a ser música para os meus ouvidos.

Mangas e ideias arregaçadas – long life to Scratch Magazine

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