Revisitando “Something Wild” (1986)
“Something Wild”, de 1986, é um filme que nos faz pensar sobre o quanto a vida pode mudar em segundos, e como a nossa “flexibilidade” e sentido de aventura podem ser preponderantes para a reviravolta tão necessária em certos momentos da nossa vida.
Texto/Irene Mónica Leite
Jonathan Demme (1944-2017) era, com efeito, um cineasta que sabia retratar questões humanas nas suas histórias como poucos.
Não nos podemos esquecer do impactante e aclamado “O Silêncio dos Inocentes” (1991) ao nos trazer a heroína humana e falível Clarice interpretada por Jodie Foster, ou na pelicula “O Casamento de Rachel” (2008).
Para além do apurado sentido musical em “Something Wild” levado ao expoente máximo num tresandar a Talking Heads, com David Byrne a protagonizar com os seus ritmos exóticos em “Loco de Amor”. Há melhor maneira de arrancar um filme? Pergunta Retórica.
Demme concentra-se ardilosamente no personagem Charles (Jeff Daniels) o clássico workaholic, especulativo e hipócrita, que encontra na pouco ou nada ortodoxa e impulsiva estranha chamada Lulu (Melanie Griffith) um ponto de partida para se conhecer verdadeiramente e claro, supreender-se.
Não há tempo para respirar nesta película, com tantas aventuras e passagens divertidas, com ação, combinando com a comédia.
E o filme encerra com chave de ouro: com a versão de Sister Carol para a música “Wild Thing” ao longo dos créditos finais.
Recomendamos!
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