OMIRI no Womex
Omiri foi seleccionado para actuar no Womex – o maior evento da World Music a nível mundial, destinado a mostrar, anualmente, a profissionais da indústria, as propostas mais interessantes a partir da música tradicional e étnica, assim como da sua fusão com outras linguagens estéticas.
Foto Rita Carmo
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O músico vai participar na 25ª edição do Festival, que este ano se realiza em Tampere na Filândia, de 23 a 27 de outubro. A actuação de Omiri, será dia 25 e integra a selecção oficial para os showcases do evento.
No Womex, Omiri apresentará músicas do seu novo álbum Alentejo Vol. I: Évora, com lançamento dia 12 de Julho .
De acordo com nota enviada às redações, Alentejo Vol.I: Évora “são os artesãos chocalheiros, as tecedeiras, escultores, cantadeiras, as lavadeiras, os Robertos, o Cante, os tipógrafos, o barbeiro Neto, oscarpinteiros, os sapateiros, a campaniça e tudo o que está vivo em Évora”.
OMIRI, Vasco Ribeiro Casais, a convite da Câmara Municipal de Évora, iniciou um processo de recolha das tradições, das artes, do cante, de ofícios e rituais das gentes, especificamente do Concelho de Évora. Tendo como objectivo criar um espectáculo e um disco únicos.
Refira-se que neste disco, OMIRI promove um diálogo entre estéticas musicais diversas, em que a tradição e a normal vivência da ruralidade, se fundem com linguagens musicais de cariz urbano, à semelhança do trabalho já desenvolvido anteriormente noutros trabalhos e espectáculos do músico.
De acordo com o músico, “as recolhas para este trabalho foram realizadas entre janeiro e junho de 2019, uma janela temporal que me fez deixar de fora muitas tradições que gostaria de ter incluído, como a apanha da cortiça, as vindimas, a apanha da azeitona, entre tantas outras. O Concelho de Évora tem muito para oferecer, muito mais do que consegui captar e incluir nesta obra, mas, como diz o título da mesma, um primeiro volume é apenas o início de algo e quem sabe o que trará o futuro?”
Domingos Morais, do Instituto de Estudos de Literatura e Tradição da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que foi convidado a escrever sobre o novo trabalho de OMIRI, no livreto do disco Alentejo Vol.I: Évora,ressalta: “A reinvenção da música de tradição é uma das fontes a que o Vasco recorre, pelo conhecimento que tem dos registos realizados por etnomusicólogos e divulgadores das músicas dos povos (todos os que o sensibilizam). É um poli-instrumentista por opção, quando procura em cada um dos instrumentos que toca timbres e potencialidades sonoras e performativas únicas.”
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