Exposição “Presentes! Africanos e Afrodescendentes no Porto” do fotojornalista José Sérgio
“Presentes! Africanos e Afrodescendentes no Porto”, exposição que inaugura este sábado, dia 31 de outubro no Mira Fórum, onde fica patente até 23 de dezembro, pretende constituir um primeiro registo fotográfico da actual presença africana e afrodescendente no Porto, documentando uma comunidade que parece estar em franco crescimento e em franca diversificação, apesar da escassez de instrumentos estatísticos e/ou sociológicos capazes de mensurar e caracterizar este fenómeno relativamente recente.
De acordo com nota enviada às redações, este projecto deseja contribuir para a crescente visibilidade e plena inscrição no espaço público de uma comunidade que, embora não possuindo a dimensão, a solidez ou a organização formal e informal da presença africana e afrodescendente da Área Metropolitana de Lisboa, é cada vez mais inegavelmente parte do tecido social, cultural e político da cidade.
Refira-se que às imagens que constituem o núcleo duro de “Presentes! Africanos e Afrodescendentes no Porto”, deverão juntar-se pequenos depoimentos e registos sonoros, dando voz à presença silenciosa que se pretende documentar.
O trabalho final a apresentar no Mira Forum é o corolário deste processo de aproximação e de descoberta, desencadeado por um recente integrante desta comunidade também à procura do seu lugar na cidade — um processo necessariamente colaborativo, e que se deseja mais intuitivo do que exaustivo, mais afectivo do que estatístico ou sociológico.
A mesma nota refere que a exposição far-se-á, porém, acompanhar de um programa de debates e visitas guiadas que possam ancorar a realidade documentada no contexto mais amplo da investigação académica e do trabalho institucional ou associativo que em Portugal se vem desenvolvendo em torno destes tópicos.
José Sérgio nasceu em Maputo em 1970. Enquanto crescia, fez muito desporto e algum teatro, mas acabou por fixar-se na fotografia, que veio a ser a sua actividade profissional. Ainda em Moçambique, iniciou-se como fotógrafo na Editora Escolar INDE e trabalhou como fotojornalista para vários órgãos de informação, paralelamente a outros trabalhos de produção e edição fotográfica. Entre 1996 e 1999, integrou a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras como supervisor operacional e responsável pela cobertura fotográfica de programas de combate à cólera. Já em Portugal, foi fotojornalista do semanário Blitz de 2000 a 2006 e do semanário Sol entre 2006 e 2015. Actualmente, é fotógrafo freelancer. “Presentes!
Africanos e Afrodescendentes no Porto” é a sua segunda exposição individual; Em 2019, expôs “A Viagem que Guerra Junqueiro nunca fez” na Casa-Museu Guerra Junqueiro, no Porto.
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