Ao fim de 20 anos, a Palmilha Dentada vai abrir uma sala de espectáculos
Situado na Travessa das Águas, o espaço da Companhia vai ter programação regular para vários públicos. Para além das produções da Palmilha Dentada, o “Lugar” será também uma sala de acolhimento, principalmente de projectos para a infância e de projectos emergentes. As portas abrem-se este fim-de-semana com uma mostra de processo do espectáculo “Vicenzo” e a estreia do documentário de Tânia Dinis sobre os 20 anos da Palmilha Dentada.
Foto/Júlio Eme
A Palmilha Dentada tem casa nova. Ao fim de 20 anos de existência tem um espaço a que pode chamar seu e onde pode definir a regularidade e intensidade dos encontros com o seu público.
Com efeito, foram muitas as casas do Grande Porto onde a companhia ‘morou’. Tertúlia Castelense na Maia, o Bar Triplex, a Sala Estúdio Latino do Teatro Sá da Bandeira, o Teatro Helena Sá e Costa, o Pérola Negra no Porto e o Armazém22 em Gaia foram alguns dos espaços onde habitou, por empréstimo, nos últimos anos. Isto a par de salas onde pontualmente apresentou temporadas: Hard Club, Armazém do Chá, Rivoli Teatro Municipal, Teatro do Campo Alegre, Teatro Nacional São João, Teatro Carlos Alberto, Casa das Artes do Porto e Auditório Horácio Marçal.
Segundo Ricardo Alves, em nota enviada às redações, “depois de vários anos a dizermos que no Porto faltavam pelo menos 10 salas de espectáculos de pequena dimensão, espalhadas pela cidade e que permitissem a criação de uma dinâmica de experimentação, pesquisa e principalmente de proximidade com as populações, resolvemos criar a nossa.”
E continua: “A nossa é uma sala pequena, com um pé direito baixo e numa rua especial. O que, para além de permitir melhores condições de ensaio e produção, permite principalmente temporadas longas, que dão ao público a possibilidade de decidir quando ir. Permite-nos fazer as temporadas do tamanho que devem ter, para que sejam mais que o passar repentino de duas ou três apresentações”.
“Este Lugar só é possível porque pela primeira vez, em 20 anos, a companhia teve apoio do governo central, o Garantir Cultura e o apoio sustentado da Direcção Geral das Artes”, conclui Ricardo Alves.
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