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25 anos da atribuição do Nobel de Literatura a José Saramago

25 anos da atribuição do Nobel de Literatura a José Saramago

No dia 10 de dezembro de 1998, Portugal e o mundo de língua portuguesa assistiram com orgulho à cerimónia de atribuição do prémio ao autor que, nove anos depois, viria a criar em Lisboa uma Fundação com o seu nome.

No mês em que se celebra o 75.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e os 25 anos da atribuição do Prémio Nobel de Literatura a José Saramago, a Fundação José Saramago, em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos, inaugurará uma exposição em dois locais da cidade de Lisboa — no Largo José Saramago, em frente à sede da Fundação José Saramago e no espaço do Banco de Portugal/Museu do Dinheiro — pretendendo assim divulgar a proposta de Declaração de Deveres Humanos, projeto iniciado pela Fundação José Saramago.

A ideia, revela nota enviada às redações, nasceu de uma vontade do escritor expressa no seu discurso proferido a 10 de dezembro de 1998, em Estocolmo, data em que a Declaração Universal de Direitos Humanos cumpria meio século de vida. «Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra e a iniciativa. Com a mesma veemência e a mesma força com que reivindicarmos os nossos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa começar a tornar-se um pouco melhor», disse José Saramago nessa ocasião, logo após ter recebido o Prémio Nobel de Literatura.

Em 2015, reunidos no México e convocados pela Universidade Nacional Autónoma do México e pela Fundação José Saramago, dezenas de especialistas em diversas áreas elaboraram uma proposta de Declaração de Deveres Humanos, documento que posteriormente, em 2018, foi levado às Nações Unidas e entregue em mãos ao seu Secretário-Geral, António Guterres. Agora, pretende-se que este documento circule pelo mundo, seja debatido, discutido e posto em prática. Nesse sentido, foram criadas uma exposição e uma página de internet com o texto da proposta de declaração, o texto da Declaração Universal de Direitos Humanos, recursos educativos para alunos até ao 6.º ano, e imagens do fotógrafo Gervasio Sánchez. O design gráfico da mostra ficou a cargo do atelier Silvadesigners. A exposição está disponi´vel em três idiomas (português, espanhol e inglês) para escolas, universidades, bibliotecas e outras instituições que desejem abraçar esta iniciativa.

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