Espaço “You Got Mail”

Está fechado o mês de Novembro, e com ele o Mexe Fest chegou também ao fim. O Norte-americano Gallant foi a grande estrela da edição deste ano, e dividiu a curiosidade do público com a brasileira e veteraníssima Elza Soares – uma espécie de Lene Lovich do Samba. E por falar em Samba, aquele que é considerado o principal “ cartão de visita musical” do Brasil celebra um século de vida.

Por António Jorge

Por cá, tudo no Fado mudou em Novembro de 2011 – foi há cinco anos que o “nosso ”Fado passou a ser Património Imaterial da Humanidade. À beira Tejo, em Lisboa realizou-se a contemporânea Web Summit que entre outros caminhos e pontes, discutiu o impacto da tecnologia no mercado da música. Mais a Norte, na Holanda, Lady Gaga e Justin Bieber foram os grandes vencedores e ausentes da 23ª Edição dos MTV Europe Music Awards que se realizou em Roterdão. Gaga foi eleita a melhor arista feminina, Shawn Mendes levou para casa o prémio de melhor artista masculino. Em Londres, foram leiloadas alguns objectos pessoais de David Bowie, o sucesso ultrapassou e muito as expectativas. Segundo a prestigiada leiloeira, só nos primeiros dois dias foram ultrapassados os trinta milhões de libras. Coisa pouca, digo eu!

Os nossos GNR, verdadeira autoridade Pop, foram agraciados com a medalha de ouro da Sociedade Portuguea de Autores pelos seus trinta e cinco anos de carreira e a Resistência (banda referência intemporal do melhor que a Pop nacional produziu) editou finalmente o tão aguardado CD/DVD, “Ao Vivo em Lisboa”. Gisela João, Luísa Sobral, Mafalda Veiga, Rita Red Shoes, Noiserv, Bruno Pernadas e a britânica Kate Bush têm novos discos no mercado. Tal como os Pink Floyd com o imperdível “The Early Years 67-72”, “Havana Moon” dos Rolling Stones (cd/dvd), e Prince, com um inédito a justificar a edição de Prince4EVER – mais um excelente conjunto de alguns dos mais populares temas do rei de Mineápolis: 40 canções para ouvir em repeat.

Em Novembro, os espectáculos ao vivo foram felizmente muitos e bons um pouco por todo o pais, mas este será sempre o mês em que morreu Leonard Cohen – o nosso Cohen: o Cohen lá de casa, do portátil, do carro, do smartphone e da casa dos amigos com bom gosto.

Morreu o poeta que o Rock n’ Roll gostaria de ter tido.