Vilar de Mouros 2016: E os protagonistas da 2ª noite são: OMD
Electricity
Dia 26
Todo o cartaz desta noite é francamente positivo, mas há uma banda que para mim se demarca das restantes. Refiro-me aos Orchestral Manouvres in the dark (OMD). Ainda me lembro de ouvir pela primeira vez o clássico “enolagay” na RFM. Foi desde logo um caso sério de amor. Depois desse primeiro encontro apaixonante seguiu-se a procura de mais temas. Vamos a um conjunto de hits. Nada mau para começar . Seguiu-se então um desfile de pérolas . Desde “If you leave” , “So in love” , “Souvenir” até ao emocionante “Forever Live and Die” . É o último dos concertos desta segunda noite. Mas como diz o velho ditado : os últimos são sempre os primeiros.
Texto/Irene Mónica Leite
Fotos dos concertos brevemente
A ver se nos entendemos em palco:
Costuma-se dizer (sim, volto a bater na tecla) que prognósticos só no final do jogo . Mas eu arrisquei e acertei . Orchestral Manouvers in the dark foram o concerto da noite. Já lá chegamos.
Para já destaco um Ian Mcculloch, Echo and the Bunnymen , claro, interactivo quanto baste com o público. Num concerto em que o poeta Ian desfilou êxitos como os obrigatórios “The Killing Moon” com direito a versão extensa de “Lips like sugar”. Houve ainda espaço para homenagens a Jim Morrison ou lou Reed. “Take a look on the wild side” foi o mote. Bonito.
Milky Chance também foram um dos momentos da muy nobre noite. Com o seu agradável cocktail sonoro , que vai da pop , à folk ao rock, vejam tamanho ecletismo. Foi um momento de partilha e comunhão entre público e banda . “Paz e amor”, disseram no final.
No que aos sons nacionais diz respeito, David Fonseca deu um grande espectáculo. Sim, reforço , espectáculo , com uma brilhante componente cénica. Homenagens a David Bowie com “Let´s dance” ou ao grande António Variações . “Quero é viver”, cantou David , com paixão. Vénia. Não faltaram êxitos como “Kiss me oh Kiss me”, “Eighties” devidamente encadeado com “Video killed the radio star”, dos icónicos da new wave , Buggles. A interacção com o público foi fantástica.
Destaques para Neev e Linda Martini.
Neev pela sua pop deliciosa e profissional.
Linda Martini porque são Linda Martini. Dispensa apresentações, certo? E ainda bem. Só que a casa foi literalmente “arrombada”.
E porque os ultimos são sempre os primeiros a noite foi sem sombra de dúvidas dos Orchestral Manouvres in the Dark.
Para já começaram maravilhosamente com o grande êxito e clássico também , “enolagay”. Seguiram-se canções que visitaram o passado e o presente , com o álbum History of Modern metido ao barulho. E ainda bem. “Locomotion”, “Tesla Girls”, “Forever Live and Die” desfilaram com o público a acompanhar numa verdadeira comunhão elétrica. E sim, electricity foi o tema final do concerto. Soberbo.
Hoje há mais e as minhas apostas vão para Waterboys e Tindersticks .
Continua a fazer-se história em Vilar de Mouros.
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