Avenida da Liberdade e Gulbenkian juntas na campanha Art Matters
Durante o mês de junho, quem passar pela avenida vai ser surpreendido ao cruzar-se com reproduções de obras de artistas reconhecidos mundialmente que no dia-a-dia podem ser apreciadas no Museu Gulbenkian e que temporariamente ocupam 14 espaços emblemáticos da Avenida da Liberdade.
O roteiro artístico que se pode desfrutar na avenida resulta de uma parceria desenvolvida entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a Associação Avenida, no âmbito da campanha Art Matters.
Refira-se que a iniciativa Art Matters pretende sublinhar a relevância da arte e do seu poder regenerador em toda a sociedade, especialmente em momentos de crise. Segundo António Filipe Pimentel, diretor do Museu Calouste Gulbenkian, procura-se questionar a cidadania sobre a (in)utilidade do Belo: “Como podemos realmente aferir a utilidade do Belo na nossa sociedade, ante o conjunto de carências vitais expostas pela presente pandemia — quadro que, ao invés, parece antes colocá-lo num patamar difuso de inutilidade? É a Arte (obviamente entendida em sentido lato) essencial à vida, simplesmente útil, ou, finalmente, despicienda?”
O Museu Calouste Gulbenkian, motivado pela responsabilidade que decorre do caráter universal das suas coleções, posiciona-se em relação a esta questão central, estimulando uma inquietação, de inquestionável acuidade e pertinência, que encontra eco nas próprias palavras de Calouste Sarkis Gulbenkian, uma das personalidades mais relevantes do mundo financeiro da primeira metade do século XX: “O estudo da arte tem sido, entre as minhas ocupações, um fator de consolo e de transformação…”
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