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Tiago Plutão em Discurso Direto

Tiago Plutão em Discurso Direto

“É uma perspetiva de um gajo normal, que se distanciou o suficiente para poder ver ao longe”

Depois dos singles de estreia “Homem da Montanha” e “Só para alguém gostar” Tiago Plutão lança o seu tão esperado disco de estreia. Relativizar é composto por nove canções, como os planetas, coisa que Plutão diz só ter decidido praticamente no fim do processo de composição. Confere a entrevista do músico para a Scratch Magazine.

Texto/Irene Mónica Leite

Tiago tem uma relação natural com a música, desde sempre. “Lembro-me de pegar numa guitarra que havia lá para casa sem metade das cordas e começar a brincar com ela, mas mais a sério com algum intuito foi aos 23 mais coisa menos coisa”, conta-nos.

As influências para este disco gravitaram em redor de Velvet Underground, Mac Demarco, Pink Floyd, Capitão Fausto, Caetano Veloso, Tame Impala e The Doors. Ao contrário dos comuns planetas, Plutão é tímido e mais distante e por isso encontrou neste projeto uma forma de se expressar. Ao longe, observa e escreve o seu desabafo, o seu ponto de vista, de forma muito honesta e sincera. “E gosta de ouvir as opiniões todas antes de ditar a sua, camaleónico e sincero”, refere-nos o músico.

Relativizar começou por ser apenas uma canção criada no duche, que não encaixava noutros projetos e que rapidamente se tornou numa espécie de cura.

O disco Relativizar pretende passar esta mesma mensagem: tudo se torna mais fácil quando relativizamos as coisas. “É uma perspetiva de um gajo normal, que se distanciou o suficiente para poder ver ao longe”, resume Tiago Plutão.

As canções de Tiago Plutão têm sempre visões críticas acerca da atualidade, com a consciência de que há muito a fazer.Sim, mas já vejo a mudar de alguma forma. Acima de tudo estou um pouco farto dos costumes, dos tem de ser, e dos porque sempre foi assim…Parece que evoluímos tecnologicamente muito mais rápido do que devíamos mas as mentalidades não acompanha, um exemplo disso para mim é os fanatismos religiosos ou até haver ainda reis…”, comenta.

Porquê a palavra Relativizar para este registo de estreia?, perguntamos a certo ponto. “Porque é o que faz falta…Basicamente é uma frase que digo quatro vezes numa canção e é talvez o resumo do álbum numa palavra”.

O álbum foi gravado e masterizado por Makoto Yagyu e Fábio Jevelim (HAUS) e está disponível em todas as plataformas online com o selo Throwing Punches.

A recetividade tem sido muito positiva:” recebi bonitas mensagens a dar os parabéns e que não estavam à espera, sabe sempre bem”

Quanto aos planos futuros,tenho vários, fazer outro álbum, lançar o álbum de jupiturno que está ai à porta, conseguir fazer a 4ª edição do festival aciprestes e o maior dos planos é talvez tocar no paredes de coura”..

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