Vilar de Mouros: muito mais que um cartaz
O CA Vilar de Mouros 2023 revelou-se uma edição histórica, marcada pela enchente no último dia e constante adesão de novas gerações que não resistem ao charme paisagístico da Azenha, confirmando-se que o evento é muito mais que um cartaz musical, é também toda uma experiência.
Texto/Irene Mónica Leite
Foto/Vitor Costa
Chegamos a Vilar de Mouros por volta das 20h00 na segunda-feira, 21 de agosto. A camaradagem sentiu-se de imediato, logo na fase de montagem das tendas. Socializou- se com alguns dos campistas, muitos deles já conhecidos, repetentes nestas andanças há muitos anos e oriundos dos mais diversos pontos do país, como Matosinhos, Montalegre ou Algarve.
Ao longo dos dias seguintes, durante o festival houve sempre a possibilidade de trocar impressões, como o caso de uma festivaleira, de Matosinhos, na casa dos 50 anos, que nos contou que a primeira vez que veio a Vilar de Mouros foi nos anos 80 e recordou, com natural humor, que higiene no campismo à época exigia “imensa criatividade. Era tudo no campo”.
Constatou-se, também, a adesão de novas gerações, e a abertura e apoio da “velha guarda festivaleira” que se apercebe e olha com muito bons olhos a natural passagem de testemunho.
Já com um festivaleiro de Montalegre, ficamos a saber que já marca presença neste festival minhoto há mais de 20 anos, conhecendo já todos os cantos à casa, inclusive o melhor lugar para “estacionar” a tenda, permitindo usufruir da melhor experiência possível.
Já um jovem do Algarve veio, essencialmente, por Guano Apes, tendo sido esta a primeira experiência em Vilar de Mouros. Confidenciou-nos que mal chegou, sozinho nessa aventura, foi prontamente acolhido pelos vizinhos, num saudável ambiente de partilha.
Outro jovem auscultado vinha de Matosinhos e confessou que lhe cativou sobretudo a “experiência que Vilar de Mouros potencia”. Veio com fortes recomendações de amigos, estando “a adorar”. Em termos musicais veio principalmente pelos Limp Bizkit, mas com interesse em conhecer novas bandas.
Uma família de Almada com crianças entre os 4 e 7 anos também marcou presença, sendo notório o entusiasmo dos mais pequenos em desfrutar da natureza que a Azenha potencia. A passagem de testemunha perdura. De 1971 até hoje.
Para o ano a história continua.
A reportagem completa do festival:
Publicar comentário