O regresso de Madonna
Madonna apesar de estar na casa dos 50 (a rebeldia dos 50, como apelida a Blitz de Março) continua com o título de rainha da pop, mesmo não tendo um êxito à escala mundial há alguns bons anos. Algumas ameaças ao trono foram surgindo ao longo do tempo, o que é perfeitamente natural. O que é de certa forma incomum é esta constante busca eficaz do elixir da juventude por parte da popstar. O novo registo é um bom regresso. Vejamos porquê, tendo em conta alguns momentos marcantes da eterna voz de “Like a Virgin”.
Por Irene Mónica Leite
Madonna Louise Ciccone aos 56 anos lança o seu 13º álbum, “Rebel Heart”. Polémicas a parte, que vão desde o lançamento das faixas antecipadamente sem autorização da artista , até à queda na cerimónia dos Brit Awards.
Passando o comando ao disco, a faixa de abertura, “Rebel Heart” demonstra uma Madonna mais amuderecida, tendo em conta a sua discografia anterior. O tema aparece em jeito de balanço. Nada de euforias. É catchy.
“Living For Love” puxa para os queridos anos 90. Vogue!? “Devil Pray” tem uma melodia interessante que nos remete novamente para o passado da cantora.
“Joan of Arc” é, por exemplo, uma boa balada.
As colaborações com outros artistas não são uma novidade na carreira da artista. E este álbum não é excepção. A título de exemplo, no registo Hard Candy (2008) contou com as preciosas colaborações de Timbaland e Timberlake (“4 minutes”)- MDNA (2012), por sua vez, contou com M.I.A (“Give me all your luvin”).
Em “Rebel Heart” os nove meses de gravação do álbum foram intensos , entre “Nova Iorque, Londres e Los Angeles”, conta a Blitz de Março. Mas o resultado está aí. Valeu a pena.
E perante este cenário animador vale a pena uma pequena viagem pelo percurso desta senhora, que surgiu em meados da década 80 como “virgem moderna”. Sempre a misturar habilmente o sagrado com o profano.
Quem não se recorda de “Open Your Heart”ou “Who´s That Girl”? , que abarcava habilmente sensualidade com uma certa infantilidade. Ou a ingenuidade de “True Blue”?
Madonna é um puzzle. Uma mulher forte, que nunca se deixou ficar pelos êxitos da década de 80, procurando inovar-se constantemente. Imagem e conteúdo de mãos dadas. Mesmo aos 56 anos de idade.
Em declarações à Mojo, citada pela Blitz, Diplo, um dos produtores com quem Madonna trabalhou neste último registo discográfico, confessa que “a ética de trabalho dela é incrível….ela não precisa de fazer mais nada. na verdade. Mas faz.
Já vendeu milhares de milhões de álbuns e ainda trata este como se fosse o primeiro. É a Madonna e está mesmo ali para fazer música. Só ali está para fazer isso”, explica.
Mais uma vez, polémicas à parte resta aguardar por um eventual regresso a Portugal.
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