×

À Conversa com…Zurich Dada [ARQUIVO]

À Conversa com…Zurich Dada [ARQUIVO]

zurich

Os Zurich Dada são um projeto de synthpop muito interessante. A Scratch ouviu algumas músicas (viciantes) e desafiou os músicos a uma pequena entrevista. Resultado: uma viagem por um projeto promissor. Para continuar a acompanhar!

Por Irene Mónica Leite/Arquivo Scratch

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=MS4d3X4iQZM]

Como e quando surgiu este projeto?

Desde a adolescência que fazia músicas, e ao longo da Vida cruzei-me com outros músicos que me ajudaram a tentar levar avante esta ideia de dar concertos e gravar discos. O Helder foi uma dessas pessoas, Percebi que a sua criatividade era inspiradora e consegui convencê-lo a fazer parte da minha banda.
Em 2009 reformulamos a estética, compramos equipamento novo e o nome Zurich Dada surgiu nessa altura.

Experimentalismo é evidente nos vossos temas. Quais são as vossas
principais influências? Posso arriscar em David Bowie?

As nossas influências musicais são naturalmente Voláteis. Nos últimos dias sinto-me influenciado por Tunnels, um projecto de Nicholas Samuel Bindeman. A Simplicidade e o Revivalismo Electro Minimal deste trabalho, “Blackout”, tem-me fascinado. Quanto ao Sir Bowie, claro que sempre me influenciou. “Hours”, o seu último Disco do Séc XX foi Marcante para mim, adoro as melodias da Voz, apesar de achar que a produção e a sonoridade desse álbum não me agradarem particularmente.

Como decorreu o processo de gravação do EP?

Gravamos o EP na Nossa Sala de Ensaios, da forma mais simples possível.
Como fica num 4º Andar de um Edifício de Escritórios, o mais complicado foi mesmo gravar a Voz. Foi necessário improvisar um espaço com maior isolamento Acústico no WC para que fosse possível minimizar o ruído do exterior, uma vez que ambulâncias e autocarros circulam quase ininterruptamente na rua.

Uma curiosidade: como funciona o vosso processo criativo?

Uma ideia para uma música pode acontecer em qualquer altura, e rapidamente registo uma melodia de um baixo ou sintetizador, com a voz, para o telemóvel, esteja eu no supermercado ou no metro. Depois essa ideia é desenvolvida, mas nem sempre corre bem. Há temas que ficam adormecidos durante anos, a aguardarem pelo seu Momento.
Ultimamente tem Sido o Hélder a apresentar-me músicas que ele vai também criando na sua individualidade e imediatamente vou experimentando melodias de voz, que vou ajustando à medida que vamos desenvolvendo a estética que vai surgindo no decorrer dos ensaios.

Integrarem a primeira parte de Ulrich Schnauss é um passo importante. O que podemos esperar do vosso concerto? Podem adiantar algo à Scratch?

O Universo de Ulrich Schnauss é extremamente apaziguador, os seus espectáculos transmitem um turbilhão de emoções repletas de tranquilidade e bem estar. Como não queremos destoar de forma radical, optamos por escolher músicas que (aparentemente) se aproximam um pouco da interpretação que fazemos da música que ele faz. Estamos também a preparar projecção de vídeo, uma vez que fazemos questão de acompanhar a nossa música com a componente visual.

Que balanço estabelecem do vosso percurso até ao momento?

Sentimos, acima de tudo, que tem sido um percurso muito Longo e moroso, principalmente porque os nossos empregos não nos permitem uma dedicação à música como gostaríamos, como teria de ser. Mas apesar dessa “Pedra no Sapato”, temos sempre muito prazer em traçar planos e tentar cumprir os objectivos que auto-estabelecemos, e os resultados têm sido positivos. Já esgotamos as Edições Físicas do EP e temos recebido alguns convites e propostas que nos dão força para continuarmos com a mesma garra de sempre.

Planos futuros.

Vamos lançar já em Novembro um Segundo EP em Formato Digital, a apresentação está prevista para 06 de Novembro, e esperamos ter mais oportunidades para chegar a mais gente, com mais concertos.

Publicar comentário