Blues de braços abertos com o Norte
A Scratch Magazine marcou presença no Porto Blues Fest e constatou que o som de Mississipi desceu ao Porto por duas intensas noites. Ficou a vontade de repetir a experiência, marcada por grandes atuações.
Texto/Irene Mónica Leite
Fotos/Vitor Costa
Na terceira edição deste evento o Blues não poderia ter sido mais eclético. Sabe-se que este estilo é muito abrangente e rico, facto que a organização não esqueceu, conforme nos tinha adiantado em entrevista.
O festival arrancou na noite de sexta-feira pelo blues-rock da Henrik Freischlader Band, banda do guitarrista alemão Henrik Freischlader, que apresentou-nos um blues melódico, envolvente que não deixou indiferente o público, seguindo-se o poderoso funky-blues da norte-americana Juwana Jenkins, [Ouvir áudio] que reuniu para o efeito uma banda formada por músicos portugueses .
Fabulosa performance , cuja postura fez lembrar a icónica Tina Turner, uma das suas referências. “Obrigada Porto. Se não fossem vocês, estaria agora a cantar na cozinha “, disse no inicio do concerto, com a sua natural e contagiante boa disposição.
Encerrou a primeira noite com muito power. Sem dúvida, a estrela da noite…
No sábado, primeiro subiu ao palco da Concha Acúsica o veterano australiano Gwyn Ashton [Ouvir audio], considerado um dos três melhores guitarristas de blues a nível mundial (juntamente com Jeff Beck e Gary Moore). Apresentou-se no Porto ao estilo one-man-band, apenas “acompanhado” pela sua voz, a guitarra e o bombo da bateria. A guitarra é a sua melhor amiga , definitivamente, como nos confessou.
No segundo dia o cartaz proseguia poderosissimo Foi um concerto repleto de sentimento, fazendo justiça ao seu epiteto de “The King of Feel”.
Depois, foi a grande festa de 40 anos da Minnemann Blues Band, formação do músico alemão Wolfram Minnemann [Ouvir áudio] que há muitas décadas toca a partir do Porto para todo o mundo. A banda é composta por António Mão de Ferro (guitarra), Manu Zé (baixo), Rui Azul (saxofone) e Rui “Cenoura” Ferraz (bateria), além do paino do próprio Minnemann, mas fechou o Porto Blues Fest com a chamada ao palco de alguns músicos convidados.
A noite e o festival encerraram com um ritmo inesquecível, a bordo de Minneman, histórico quanto baste. O concerto foi intenso, melódico, com grande conexão com o público, encerrando o Porto Blues Fest em beleza.
Lá estaremos para o ano!
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