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“O Clube”: Os dilemas da adolescência num castigo de sábado à tarde

“O Clube”: Os dilemas da adolescência num castigo de sábado à tarde

John Hughes conseguiu uma verdadeira proeza no que a filmes para adolescentes diz respeito: uma ligação emocional que perdura até aos dias de hoje e “Breakfast Club” (em Portugal, “O Clube”), de 1984, assim o demonstra, colocando frente a frente um grupo de cinco jovens com diferenças que no final de contas estão mais próximas que nunca.

Texto/irene  Mónica Leite

Outro aspeto interessante é que a película consegue manter o interesse do espectador, mesmo com um único cenário: a escola, onde estão na tarde de sábado de castigo.

Cada personagem, com diferenças de ambientes familiares e personalidades, vai-se abrindo ao longo da trama culminando para o elo de ligação entre todos: todos têm batalhas a enfrentar, mesmo que as tentem disfarçar.

Todos os diálogos abordam de forma ácida (muito com a ajuda da personagem interpretada por Emílio Estevez) problemas que todo o adolescente enfrenta: relação com a família, afirmação da personalidade, dificuldades em lidar com a pressão para serem bem sucedidos e/ou populares, sexualidade na adolescência, pressão das notas escolares, e riscos de suicídio.

Pela critica especializada,  Breakfast Club é considerado um dos maiores filmes de adolescentes de todos os tempos, bem como uma das obras mais memoráveis ​​e reconhecíveis de Hughes.

O filme tornou-se um clássico cult, retratando fielmente a década de 1980 e influenciando o surgimento de muitas outras produções do género, desde então. Em 2016, a pelicula foi selecionada para preservação no National Film Registry dos Estados Unidos pela Biblioteca do Congresso como “cultural, historicamente ou esteticamente significativo”.

Fiquemo-nos com esta cena memorável:

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