EDP Vilar de Mouros 2022 [Dia 1]
Gary Numan surpreendente
O primeiro dia do festival EDP Vilar de Mouros não desiludiu, em verdadeiro êxtase crescente, tendo o culminar em Placebo e Suede, que mantém a energia em palco e o carisma que tanto apreciamos.
Texto/Irene Mónica Leite
Fotos/Vitor Costa
Dia 25 de Agosto arrancou com os Black Teddys, que tiveram a grande responsabilidade de abrir mais uma edição do EDP Vilar de Mouros, após dois anos de hiato pós pandemia. Com uma sonoridade post punk muito familiar, e completamente de encontro ao espirito deste festival agarraram muito bem o público, cuja afluência aumentava progressivamente.
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Seguiram-se os Battles, com a sua onda experimental, com um vigoroso destaque para o instrumental de cada canção. A interação com o público foi uma constante.
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Gary Numan foi para nós, a grande surpresa da noite. A verdade é que Numan já estava afastado dos palcos há muitos anos, mantendo, contudo, uma proficua produção de novos álbuns, sempre a considerar. O seu regresso aos palcos teve sempre criticas positivas. No entanto, sendo válido, mantinha-se a dúvida: será que manteve a energia de “Cars”? (hit de finais dos anos 70). Manteve completamente, surpeendendo com uma renovada energia e sintonia em palco. A Darkwave está bem viva e recomenda-se!
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Destaque para a veia teatral de Numan que assegurou o desfile de pérolas como “Cars”, “Are Friends Eletric?”, ou “My Name Is Ruin”.
Os Placebo eram sem a menor sombra de dúvidas um dos concertos mais esperados da noite, tendo a fila para entrada no recinto uma afluência ainda maior, dada a simpatia para com Brian Molko e companhia. Demorou até chegar aos temas mais icónicos, mas chegou, para satisfação dos muitos fãs presentes. “Slave To the Wage”, “The Bitter End”, ou “Infra-Red” passaram com grande entusiasmo do público. A despedida fez-se com ‘Running Up That Hill’, de Kate Bush.
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Como já seria de esperar, o concerto de Suede arrebatou completamente a noite. Brett Anderson, 54 anos, completamente imparável, mantém o charme (e energia) dos anos 90. Completamente rendido ao público português, Anderson desfilou um conjunto de canções que tanto adoramos e sabemos de cor, mas que nunca nos cansamos de as recordar: “Beautiful Ones”, “Everything will flow”, “Trash”, “We Are the Pigs”, “The Drowners”, “Can’t Get Enough”. Uma deliciosa viagem no tempo que tão cedo não vamos esquecer.
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